Tempo, tempo, tempo, tempo

É difícil gostar de Caetano. Mas tenho que confessar que essa nova música dele, a da novela (céus, como eu estou noveleira, parece coisa de grávida... rs), é muito, muito linda, emocionante (o que não tem sido emocionante pra mim... rs) e pertinente. Cada vez mais tenho entendido os recados que me vêm do alto, e cada vez mais tenho agradecido pela(s) vida(s) e tido paciência com o que não dá certo logo de cara. O tempo é o senhor da razão, diz minha sorte de hoje no orkut. Eu, hein.

Pra ontem

Tenho entendido que preciso trabalhar menos, me estressar menos, descansar mais, me cuidar mais, me exercitar mais e comer menos. Mas parece que só eu entendo assim.

Tudo é pra ontem, se não for pra anteontem. E assim a vida se transforma em sobre-vida, que evolui para o estado vegetativo.

Por isso, coleguinhas, se quiserem apressar o passo, apressem-se sozinhos, porque nós aqui não estamos mais com pressa.

Pa... pa... pa... pa...

como é bom estar roxa, estar dolorida, gripada, chorona e ter você aqui comigo. melhor que se tudo tivesse acabado pra gente ali, naquele cruzamento, durante aquela chuva, com aquelas pessoas em volta e sem aquelas pessoas perto.

hoje acordei pensando em você, em como você vai ser, se vai ser chorão e passional como eu ou quase indecifrável como seu pai. pensei também no que tinha sido até ontem e no que passei a ser a partir de hoje.

aquela coisa de "cada dia, um novo começo", aquilo é sábio. comecei hoje diferente, apesar de não me ter feito notar. só eu sei que hoje eu comecei diferente. talvez só eu e você saibamos. é o que importa.

pensei ainda em como será minha morte, quando ela realmente vier. eu queria que cada um de meus amigos e pessoas amadas soltassem um monte de balões coloridos cheios de gás hélio, ao som da música que diz "we will become silhouettes when our body's finally gone... pa... pa.... pa... pa...", numa manhã fresca, verde e ensolarada.

satisfação

Esta é mais uma das minhas inúmeras tentativas de criar - e manter - um blog.
Pílulas, drops e jujubas são pensamentos ou sensações não necessariamente lógicos, racionais ou sensacionais. São lembranças, coisas boas, coisas chatas, coisas terríveis, coisas fascinantes, presentes no presente e no futuro, na realidade e na minha inexplicável cabecinha.

O grande pretexto: eu estar viva. E querer que meu filho conheça o meu ontem quando tiver a idade que tenho hoje. E querer que esse momento tão lindo, estranho e misterioso que é a gestação seja eternizado. E querer me livrar de tudo que é péssimo depositando aqui. E querer eternizar tudo que é maraviloso aqui também.

Sejam bem vindos. Seja eu bem vinda.